Manual Sobre Vivência

Caro leitor: quando nasceu, foi-lhe entregue o respectivo manual sobre como sobreviver neste mundo? Não? Temo dizer que foi enganado e sugiro que siga este blogue atentamente, se possível, algumas vezes por dia!

terça-feira, setembro 27, 2005

Ménage à Trois

"A presença de uma terceira pessoa tanto protege o doente de ser vítima como o médico de ser alvo de falsas acusações de doente em estado de carência afectiva"

Ana Aroso, Presidente do Conselho Disciplinar Regional do Norte da Ordem dos Médicos

Todas as relações passam pelo mesmo! Ginecologista e paciente já não conseguem encontrar uma forma de manter a relação acesa! Longe vão os tempos em que uma paciente com carência afectiva e um médico vestido com uma batina branca conseguiam envolver-se num ambiente de paixão tórrida, onde as únicas testemunhas eram as paredes daquela sala. Mas a Ordem dos Médicos encontrou forma de superar isso, ao propor a inclusão de uma terceira pessoa nas consultas de ginecologia. Como em todas as relações, a presença de uma terceira pessoa vai tornar aquela consulta bem mais emocionante! E se a paciente considerar que o "equilibrio de forças" não lhe é favorável, sempre pode levar a amiga, para uma sessão de dois para dois! E de repente, tenho a leve sensação que tirei o curso errado...

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Em cima: Ginecologistas reunidos para "um dedo de conversa"...

quarta-feira, setembro 21, 2005

SOBREVIVENTE DO MÊS - SETEMBRO

E os candidatos são:

Manuel Maria Carrilho
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- apesar de ninguém gostar dele, ainda resiste às sondagens

Manuel Alegre
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- ninguém conta com ele, mas ainda quer ser candidato a PR

Benny McCarthy
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- faça as trancinhas que fizer, é sempre titular do F. C. Porto

segunda-feira, setembro 12, 2005

Derby é derby e vice-versa

Qualquer um de nós, que vemos derbys na televisão há pelo menos dez anos, podiamos ser editores de Desporto de um qualquer canal televisivo, tal é a previsibilidade das reportagens de antecipação a um jogo grande. Uma peça jornalística sobre o historial dos derbys nos últimos cinco anos e os resultados mais desnivelados; entrevistas com antigas glórias do clube; conferência de imprensa dos dois treinadores; onzes prováveis e (as minhas favoritas) reportagens à porta do hotéis ou centros de estágio onde as equipas se concentram antes dos jogos. Normalmente, os jornalistas têm pouco para dizer nestes momentos. Os jogadores não falam, os treinadores também não e por isso, a regra é, "encher o chouriço durante três minutos, safa-te como puderes". E lá está o jornalista, com uma dezena de adeptos à volta, e apenas duas coisas para dizer aos telespectadores: que os jogadores deram uma voltinha perto do hotel (normalmente estão sempre bem dispostos e relaxados) e a ementa de cada clube. E ali estamos nós, fervorosos adeptos de futebol, à espera de novidades realmente interessantes sobre o onze inicial de cada clube ou se houve lesionados ou recuperações de última hora e tudo o que ficamos a saber é que os jogadores comeram de entrada um creme de cenoura, seguido de um peito de frango gratinado com legumes e fruta à sobremesa... enquanto atrás do repórter, adeptos acenam entusiasticamente sem saber para quem estão a dirigir a saudação. Como diria Mário Jardel: "Derby é derby e vice-versa....".

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quinta-feira, setembro 08, 2005

"Baaaaaaby Jane..."

"Rod Stewart condenado a pagar 1,6 milhões de euros a casino

O cantor britânico Rod Stewart foi condenado esta quinta-feira a pagar dois milhões de dólares (cerca de 1,6 milhões de euros) a um casino de Las Vegas por ter cancelado um espectáculo na passagem de ano em 2000".

in "Diário Digital", 8/09/05

Espectáculo de passagem de ano?! Por favor! Se formos ver bem as coisas, não há ser humano à face da Terra que não possa processar o Rod Stewart! Quantos meses é que tivemos que levar com aquele tom de voz que o escocês usa na música "Baby Jane", que faria com que uma cana rachada fosse obrigada a tapar os ouvidos e tivesse que pedir desculpa a toda a comunidade canavial por ter sintonizado o rádio quando estava a passar aquele autêntico atentado ao aparelho auditivo?

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Em cima: E o mais triste é que eu tinha este vinil lá em casa...

segunda-feira, setembro 05, 2005

"Isto não é nada do que eu pensava"

Maniche não se adaptou ao futebol russo! "Isto não é nada do que eu pensava", diz o médio, ainda atordoado com as contrariedades inesperadas que encontrou no país dos czares! Estou abismado! E nós que julgávamos que a Rússia tinha um dos melhores campeonatos do mundo, que o russo aprendia-se facilmente e que o seu clima soalheiro era um chamariz para as grandes estrelas do futebol mundial. Talvez tenha sido a Rússia que não se adaptou a Maniche! Também acontece... o Carlos Fino que o diga!

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sexta-feira, setembro 02, 2005

Vaca expiatória!

"Estudo britânico diz que BSE veio do Sul da Ásia e teve origem humana

A doença das vacas loucas foi importada para a Europa, através da Grã-Bretanha, em rações para animais e ossos originários do Sul da Ásia, que incluíam restos humanos recolhidos no rio Ganges, revelaram investigadores britânicos.

A teoria agora revelada por Alan Colchester, professor de medicina e ciências da saúde na universidade de Kent, e por Nancy Colchester, da faculdade de medicina e medicina veterinária da uinversidade de Edimburgo, inverte a ordem cronológica da infecção, atribuindo aos humanos o contágio das vacas, e não o contrário".

in RTP, 2/09/05

Sim, as vacas têm motivos para estarem indignadas! Durante anos e anos, os Homens depositaram nas vacas toda a culpa pela doença da BSE e até apelidaram a dita como a "Doença das Vacas Loucas", sem que os simpáticos animais pudessem contestar fosse o que fosse. Os humanos têm a tendência de depositar as culpas nos outros, empurrando as responsabilidades, seja qual for a acusação. No caso da BSE, alguém terá perguntado: "mas de onde é que surgiu este surto de BSE?". Das vacas, claro! A culpa é das vacas! Elas estão doidas, completamente maluquinhas!

A representante da Associação Nacional das Vacas, Daniela Muge, já garantiu que vai accionar todos os mecanismos legais para que as vacas sejam ressarcidas por anos e anos de acusações injustificadas, que originaram danos morais nestes animais.

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"Muuuuuuuuu! A loucura é algo muito relativo!"