Manual Sobre Vivência

Caro leitor: quando nasceu, foi-lhe entregue o respectivo manual sobre como sobreviver neste mundo? Não? Temo dizer que foi enganado e sugiro que siga este blogue atentamente, se possível, algumas vezes por dia!

segunda-feira, janeiro 23, 2006

SOBREVIVENTE DO MÊS - JANEIRO

E o vencedor é:

CDS - PP

Em três semanas de campanha dedicada e esforçada, o pessoal do CDS - PP conseguiu que o nome do partido fosse proferido por UMA vez, no discurso de vitória do candidato apoiado pelo PSD e pelo "outro partido".

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quarta-feira, janeiro 18, 2006

"Estamos todos gelados!"

Esta frase brilhante foi proferida por uma das advogadas presentes num julgamento relativo ao fabrico de Vinho do Porto falso, que está a decorrer em Lamego. Tendo em conta a falta de condições nas instalações do tribunal competente e a dimensão do processo (100 arguidos), o julgamento foi transferido para um Pavilhão Municipal e a meio da sessão, os aquecedores deixaram de funcionar. Assim, os advogados juntaram-se e decidiram que, devido ao frio insuportável que se fazia sentir na sala, era impossível cumprir a sua função.
Esperem lá!? O pessoal que está a ser julgado não é perito em fabricar Vinho do Porto? Mesmo que o produto seja falso, qualquer bebida alcóolica ajuda o corpo a aquecer. E assim, os advogados poderiam prosseguir com o julgamento! E se o vinho é mesmo falso, não deve "bater" assim tanto, certo?

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quarta-feira, janeiro 11, 2006

"E a violência, pá...???"

Ora aqui vai um exercício interessante: vejam um qualquer noticiário televisivo e registem o teor das notícias que tenham como "palco" a América do Sul. A ideia que fica é que nada acontece no continente sul-americano, à excepção de violência nos estádios de futebol, revoltas nas prisões, tiroteios nas favelas, roubos à mão-armada nas grandes metrópoles, escândalos financeiros que envolvem os mais altos membros do Governo, entre outras fatalidades. Os brasileiros, por exemplo, queixam-se que as principais agências de notícias só propagam algo de positivo sobre o Brasil na altura do Carnaval ou em caso de uma boa campanha do "escrete" no Campeonato do Mundo. De resto, não há nada de bom que venha daqueles lados, segundo os media mundiais. O que eu testemunhei durante quase um mês no "país-irmão" foi uma forma de vida bem diferente da nossa: uma alegria e um bom-humor contagiantes que levam a que se abrace o amigo que acabámos de conhecer, o parente da namorada que torna-se também nosso familiar. Puxa-se de uma cerveja, entra-se numa roda de samba e aprecia-se cada segundo daquele convívio. No entanto, insiste-se em noticiar apenas o que é mau! Não me oponho! Se esta conspiração global tiver como objectivo afastar aqueles portugueses que comem arroz de frango na praia, de paraísos como Santos e Rio de Janeiro, acho óptimo!

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sexta-feira, janeiro 06, 2006

Bizarrice de última hora

Gosto de notícias bizarras! Gosto da forma como as notícias parecem saltitar no meio do cinzentismo de todas as outras como se quisessem dizer: "Ei! Olhem para nós! Nós não somos normais!" E 2006 promete já que, em apenas cinco dias, foram publicadas duas notícias de um requinte tão anedótico que quase leva à falência o melhor dos humoristas.
Gostei de saber que a revista "Sábado" (que como o próprio nome indica, costumava sair aos Sábados) vai agora sair à quinta-feira! Genial! A mente brilhante que se lembrou desta alteração, poderia ter sugerido que a revista mudasse o nome para "Quinta". "Isso lá é nome para uma newsweek?", comentam vocês com razão! De facto, não! Mas o leitor que chegar a Sábado para comprar a "Sábado" vai concerteza comprá-la com um atraso de três dias. Coisa pouca.
Ao melhor estilo do humor negro, surge a notícia de que um homem-bomba fez-se explodir num funeral, no Iraque (corrijam-me se estiver errado!)! A isto chama-se roubo de protagonismo. Provavelmente, o homem que se fez explodir conhecia o defunto e cortava as conversas do pobre homem quando este falava em reuniões de amigos! Vai daí, procurou a melhor forma de roubar a última manifestação de protagonismo que o defunto podia ter. Outra explicação: o homem-bomba ia para o seu trabalhinho (que passa por fazer-se explodir em casamentos e baptizados) e recebeu a triste notícia de que o seu amigo teria falecido. Foi directamente de casa para o funeral e deu naquilo! Falta saber se a mãe do homem-bomba teria comentado quando viu o seu filho no funeral: "Ali está o meu rebento! Ah, coisa mais linda!"