sexta-feira, novembro 09, 2007
quarta-feira, novembro 07, 2007
Cheira a mofo na RTP
O dia era de finados e o infortúnio levou-me a uma sala de espera. A instituição era estatal, logo, levei com a RTP1 e com um tal de "Portugal no Coração", durante largos minutos que se arrastaram penosamente, mesmo para quem vai dar sangue logo a seguir. Primeiro convidado: Artur Garcia! Sim, aquele senhor que ganhou um festival da canção no tempo em que os animais falavam e que deveria estar a comemorar uns 500 anos de carreira, contados a correr. Trauteava algo semelhante com uma canção de engate enquanto tentava a custo uma arriscada coreografia com os membros inferiores, ao melhor estilo das animadas festas de Natal de uma qualquer Santa Casa da Misericórdia. Segundo convidado: António Calvário! Mais novo, o quebra-corações de qualquer cachopa de 175 anos terá descoberto, chegado aos 300 anos de carreira, que "perder a mocidade é o primeiro passo para o fim" - enfim, algo reconfortante. Entre aqueles que não cantam nem dançam (mas bolsam…) lá estava o engenheiro Sousa Veloso, do saudoso TV Rural (toma lá couves e nabos até aos desenhos animados). Longe de estar fresco que nem uma alface, o apresentador que cobriu em directo a feitura das gravuras de Foz Côa limitou-se a assistir com uma lágrima no olho (e uma incontinência gratuita) a este espectáculo, enquanto Baião saltava desvairadamente lembrando um (felizmente) defunto programa das tardes da SIC. Sim, era dia de finados mas não era preciso abusar do ritual fúnebre. Só a Ribas estava dentro do prazo, numa tarde cheia de vida… para além da morte!

Com apenas 200 anos, Artur Garcia já destroçava corações

Com apenas 200 anos, Artur Garcia já destroçava corações