Manual Sobre Vivência

Caro leitor: quando nasceu, foi-lhe entregue o respectivo manual sobre como sobreviver neste mundo? Não? Temo dizer que foi enganado e sugiro que siga este blogue atentamente, se possível, algumas vezes por dia!

quarta-feira, novembro 07, 2007

Cheira a mofo na RTP

O dia era de finados e o infortúnio levou-me a uma sala de espera. A instituição era estatal, logo, levei com a RTP1 e com um tal de "Portugal no Coração", durante largos minutos que se arrastaram penosamente, mesmo para quem vai dar sangue logo a seguir. Primeiro convidado: Artur Garcia! Sim, aquele senhor que ganhou um festival da canção no tempo em que os animais falavam e que deveria estar a comemorar uns 500 anos de carreira, contados a correr. Trauteava algo semelhante com uma canção de engate enquanto tentava a custo uma arriscada coreografia com os membros inferiores, ao melhor estilo das animadas festas de Natal de uma qualquer Santa Casa da Misericórdia. Segundo convidado: António Calvário! Mais novo, o quebra-corações de qualquer cachopa de 175 anos terá descoberto, chegado aos 300 anos de carreira, que "perder a mocidade é o primeiro passo para o fim" - enfim, algo reconfortante. Entre aqueles que não cantam nem dançam (mas bolsam…) lá estava o engenheiro Sousa Veloso, do saudoso TV Rural (toma lá couves e nabos até aos desenhos animados). Longe de estar fresco que nem uma alface, o apresentador que cobriu em directo a feitura das gravuras de Foz Côa limitou-se a assistir com uma lágrima no olho (e uma incontinência gratuita) a este espectáculo, enquanto Baião saltava desvairadamente lembrando um (felizmente) defunto programa das tardes da SIC. Sim, era dia de finados mas não era preciso abusar do ritual fúnebre. Só a Ribas estava dentro do prazo, numa tarde cheia de vida… para além da morte!


Com apenas 200 anos, Artur Garcia já destroçava corações

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